“Conhecemos as instalações da estação de tratamento, os danos causados aos equipamentos pela cheia do rio e o grande esforço dos servidores da Sanepar para retomar o abastecimento, mas o nosso papel aqui é cobrar que a empresa tenha um plano B”, comentou Humberto.

Na avaliação do vereador, é necessário que a Sanepar estude alternativas tecnológicas e adote medidas urgentes para evitar que, qualquer que seja o problema, a população não fique sem abastecimento por tantos dias, como aconteceu.

Segundo o gerente regional da Sanepar, Valteir Galdino da Nobrega, “agora um dos motores reserva vai ficar na sede da empresa e não mais aqui e mais um motor de grande potência está sendo adquirido”.

Já com relação a captação de água no Rio Ivaí, como já havia sido solicitado pela Câmara de Vereadores, por meio de comissão realizada em 2014, o gerente disse que o assunto está em estudo. Valteir adiantou que neste semestre serão perfurados quatro poços artesianos para ampliar as fontes de abastecimento.

Ministério Público e OAB também participaram da visita. A estação que capta 85% da água que abastece Maringá fica localizada nas margens do Rio Pirapó, na tríplice fronteira com os municípios de Sarandi e Iguaraçu.

Previsão é de mais chuvas nos próximos meses
O fenômeno El Niño deve influenciar o clima no Brasil nos próximos três meses. Isso significa aumento do volume e da intensidade das chuvas na região Sul e temperaturas mais altas do que a média histórica em praticamente todo o País até abril. A conclusão é do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O Grupo se refere ao fenômeno como "mega El Niño". Segundo os especialistas, depois de quase 20 anos o El Niño atinge novamente o Brasil. Embora tenha perdido força, há 95% de chance de continuar atuante até abril. "Estamos vivendo um El Niño muito intenso. Os seus efeitos são a diminuição da precipitação em grande parte do Brasil e muitas chuvas no Sul", afirmou o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Paulo Nobre.

"Desde 2013, não observávamos a zona de convergência do Atlântico Sul que favoreceu as chuvas no País, incluindo o Nordeste. No entanto, é uma chuva transiente. A conclusão é que até abril as chuvas irão diminuir na região Nordeste e Norte. O El Niño já atingiu o pico em novembro passado e agora está em fase de decaimento e deve durar até o segundo semestre, com maior influência nos próximos três meses", acrescentou.


Gelinton Batista – Imprensa VHH
Com informações do MCTI