Sem reposição da inflação, servidores públicos aprovam greve
O plenário da Câmara de vereadores ficou lotado. Segundo o sindicato, cerca de 1200 trabalhadores compareceram. Antes de deflagrar a greve, os funcionários relatam que por mais de 40 dias procuraram a prefeitura e não receberam nenhuma proposta.
Nos últimos dias, duas reuniões também não tiveram sucesso. Na primeira o prefeito ofereceu 4%. Depois 5%. As duas propostas foram rejeitadas pelos trabalhadores. O sindicato destaca que o prefeito nem deveria oferecer menos do que os 11%, índice que representa a perda salarial acumulada nos últimos 12 meses.
De acordo com a lei complementar n. 972/14, de autoria do prefeito Carlos Roberto Pupin, o salário dos servidores deve ser reajustado anualmente no mês de março tendo como base, no mínimo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Diferente de Maringá, mais de 10 cidades paranaenses [confira a lista], com arrecadação até menor, concederam a reposição dos servidores com base nos índices oficiais. Em mais da metade destes municípios, segundo apurou o sindicato, houve ganho real, ou seja, o reajuste foi maior do que a inflação.
Com a decisão do prefeito de negar a reposição salarial exigida em lei, a partir desta terça-feira vários serviços públicos do município serão parcial ou totalmente afetados. De acordo com o sindicato serão mantidos apenas os serviços necessários para garantir a segurança da população.
Atendimento público
Os servidores em greve deverão se concentrar na porta da Prefeitura a partir das 7h30. Segundo o sindicato, a paralisação dos serviços foi organizada da seguinte forma:
Na área da educação não haverá atendimento nas escolas municipais. Funcionarão 19 centros municipais de educação infantil.
Na saúde, não haverá atendimento nos postos de saúde. O atendimento nas duas UPAs e no Hospital Municipal será mantido em 50%, mesmo índice para as equipes de combate a dengue e atendimento de endemias.
Na segurança, a Guarda Municipal também aderiu a paralisação e dará suporte para as equipes do Samu.
Na assistência social, o atendimento será realizado apenas na casa lar de idosos.
Gelinton Batista - Imprensa VHH