Em entrevista à Rádio CBN, nesta sexta-feira (2), o candidato a prefeito de Maringá, Humberto Henrique, disse que, com a redução para um terço, na quantidade de cargos comissionados na Prefeitura, a gestão dele e da vice, Ana Lúcia, vai economizar R$ 60 milhões em quatro anos.

Ele criticou o excesso de nomeações em cargos em comissão na atual gestão. São 314 pessoas ocupando estes postos, dos 515 possíveis, gerando uma despesa anual de R$ 25 milhões aos cofres públicos, ou R$ 100 milhões em quatro anos. Com a estrutura administrativa a ser implementada no seu mandato, Humberto Henrique promete diminuir para R$ 10 milhões ao ano a despesa com CCs, 60% a menos que o valor atual.

O dinheiro economizado será investido, por exemplo, para diminuir a fila de consultas especializadas, exames e cirurgias, e na valorização do servidor. Outro compromisso é ampliar o número de equipes do Programa Saúde da Família.

Na entrevista de 15 minutos, ao vivo, o candidato da coligação Pra Mudar de Verdade (PT, PC do B, PROS e PTN) disse que as propostas da chapa estão sustentadas em quatro principais eixos, em torno dos quais serão articuladas políticas setoriais: gestão democrática, transparente e eficiente; desenvolvimento local sustentável e solidário; orçamento e infraestrutura; e desenvolvimento social com garantias de direitos.

Na área do meio ambiente, reafirmou o compromisso de implantar a coleta seletiva do lixo em todos os bairros da cidade e comprar novos caminhões para realizar a coleta do lixo comum. A Prefeitura vai assumir a execução do serviço e torná-lo mais eficiente e econômico. A coleta será mecanizada, com a instalação de contêineres, oferecendo, ainda, mais segurança aos coletores de lixo. Outra promessa nesta área é revitalizar os parques e praças, oferecendo wi-fi gratuita nos parques, além de levar cultura, esporte e lazer a todos os bairros.

Na área de segurança pública, a guarda municipal será valorizada, capacitada e equipada. A ideia também é descentralizar a GM, fazendo com que atue nos bairros, sem perder a humanização. Outro projeto será a instalação de mais câmaras de vigilância na cidade, principalmente nos bairros da periferia, e fazer com que a central de vigilância e monitoramento funcionem de verdade. Paralelo a isso, a gestão adotará política públicas, de caráter preventivo, para evitar que crianças e jovens se voltem para a drogadição.

Quanto ao transporte, Humberto disse, na entrevista a Gilson Aguiar, que vai fazer uma auditoria no contrato de concessão com a empresa que opera o serviço. O objetivo será priorizar o transporte coletivo, por meio da implementação de corredores e faixas exclusivos para os ônibus, com a finalidade de oferecer à população serviço de qualidade a preços mais baixos.

Na área de educação, o candidato vai retomar as eleições diretas para a escolha de diretores nas escolas, construir novas creches, e reformular o ensino integral. Humberto Henrique se apresentou como um candidato preparado, pela experiência acumulada como vereador no terceiro mandato, atuando em defesa da coletividade e na fiscalização rigorosa nos gastos do dinheiro público.

Foi assim que, em 2006, denunciou o emprego do alto número de comissionados na Câmara Municipal, conseguindo reduzir a quantidade em 2009. Denunciou o gasto excessivo com diárias no legislativo, e, por meio de um projeto de resolução, conseguiu diminuir este tipo de despesa, hoje quase inexistente. Ainda em defesa do interesse da coletividade, evitou a privatização, em 2006, do Hospital Municipal. Desde 2005, luta para que o município faça o investimento necessário no serviço da coleta do lixo, priorize a coleta seletiva e invista na compra de novos caminhões.

Conseguiu, com o apoio da população, evitar a instalação de uma usina de incineração, porque seria ruim para os moradores e não resolveria o problema em razão de que queimaria, inclusive, materiais recicláveis, e, mais recentemente, evitou a terceirização do serviço da coleta do lixo. Humberto Henrique fez os cálculos e denunciou ao Ministério Público que haveria superfaturamento, culminado, há alguns dias, na suspensão, por decisão liminar da Justiça, do processo de contratação do serviço, que implicaria no gasto de cerca de R$ 30 milhões, quando a Prefeitura, se assumisse o serviço, gastaria em torno de R$ 13 milhões para realização do mesmo serviço.

Além disso, em 2011, diante da proposta do Executivo de licitar a concessão do serviço de transporte, Humberto Henrique denunciou as irregularidades e o direcionamento do processo. O Gaeco, após investigações recentes, apresentou indícios de fraude na licitação. E como participante de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o transporte, apontou várias irregularidades, como a tarifa superfaturada de R$ 0,20, cujo relatório final não foi questionado pela Prefeitura.