A votação do requerimento que tentava criar a CPI foi rejeitada na sessão de ontem, terça-feira por 7 votos a 5. Votaram a favor da criação da CPI os vereadores: Humberto Henrique (PT), Mario Verri (PT), Valter Viana (PHS), Umberto Becker (PPS) e Marly Martin (PFL).

Votaram contra a criação da CPI os vereadores: Altamir (PL), Bravin (PP), Edith Dias (PP), Dorival Dias (PSDB), Marcia Socreppa (PSDB), Chico Caiana (PMDB) e Zebrão (PP), este último, havia assinado o pedido de criação e voltou atrás.

O vereador John se afastou da presidência por ser matéria de seu interesse, e se absteve da votação. O vereador Mario Hossokawa assumiu a presidência, e só votaria caso houvesse empate.

Outro que assinou o pedido de CPI, mas nem compareceu a sessão, foi o vereador Odair Fogueteiro, aliás, não é a primeira vez que tem projeto ou requerimento polêmico que o vereador deixa de comparecer.

No decorrer da sessão, chegou um oficial de justiça, notificando a presidência da câmara, para que se instalasse a CPI, de acordo com o seguinte parecer:

"4. Em face do exposto, diante da inconstitucionalidade do termo "por deliberação do plenário" contido no art. 21, par. quarto, da Lei Orgânica do Município de Maringá, concedo liminarmente o mandamus para ordenar à autoridade apontada como coatora para que acolha o requerimento de criação e instalação de comissão parlamentar de inquérito destinada a investigar supostas irregularidades na licitação promovida pela Câmara de Vereadores de Maringá para a aquisição de 20 notebooks e dois tripés, entre outros itens menores, e efetivamente determine a sua criação e instalação, caso conte com o número mínimo de um terço das assinaturas necessárias, independente de deliberação do plenário."

Portanto, pela decisão do juiz, a CPI deve ser criada, independente ter sido rejeitada na Câmara, tendo em vista que, apenas as cinco assinaturas seriam necessária para criar e instalar uma comissão parlamentar de inquérito.

O juiz, no mesmo despacho, deu um prazo de 10 dias para que seja prestadas informações, ou seja, a Câmara pode entrar com recurso para tentar derrubar a
CPI.