Com a votação do projeto de lei concedendo a reposição da inflação no salário dos servidores públicos, 11,08% parcelado de março até dezembro deste ano, a categoria encerrou a greve que teve início no dia 29 de março. O vereador Humberto Henrique (PT) parabenizou os trabalhadores pelo movimento, destacou a participação do Legislativo e a continuidade da cobrança para conquistar os valores retroativos.

Humberto lembrou que, antes mesmo de iniciar a greve, ele propôs e todos os vereadores aceitaram não votar projetos do prefeito. A iniciativa visava pressionar o Executivo e evitar a greve. Pelo menos três projetos tiveram a votação adiada, um deles concedia férias e autorização para o prefeito viajar para o exterior.

Outro momento destacado foi a sessão da quinta-feira (31) em que o vereador Humberto Henrique pediu para o presidente suspender a sessão e todos os vereadores pudessem se unir aos servidores e irem até a Prefeitura cobrar da administração a reivindicação da categoria.

Além da adesão e da união dos vereadores, os servidores também conquistaram apoio importante da Igreja Católica. A presidente do sindicato foi recebida pelo arcebispo dom Anuar Battisti e padres da arquidiocese em reunião solicitada pelo vereador Humberto.

Com a coalisão formada pelos servidores, Legislativo, apoio da população e de entidades, a administração que alegava ter dinheiro para pagar apenas 4%, aceitou a proposta do sindicato que prevê a reposição de 11,08% parcelada até o final do ano.

Pela proposta, o servidor vai receber 4% sobre o salário de março e o restante será parcelado em cinco vezes, sendo 1,32% nos meses de agosto e setembro e 1,33% em outubro, novembro e dezembro.

Com esse acordo, o salário da categoria atingirá a reposição integral da inflação medida até fevereiro deste ano, somente em dezembro. Apesar das perdas, há a garantia de que os 11,08% serão repostos ainda durante o ano de 2016, independente da arrecadação do município ou aumento de impostos neste período.

Humberto explica que, pelo acordo, apenas a reposição de valores retroativos ficará condicionada a capacidade de arrecadação do município. “Vamos acompanhar as contas e em outubro debater novamente com a adminstração para lutar pelos valores retroativos”, afirmou.

Gelinton Batista – Imprensa VHH