No dia 13 de maio de 1888, a princesa do Brasil,  Isabel de Bragança, assinou uma lei de dois artigos que abolia a escravidão sem indenizações aos proprietários. A Lei Áurea, como se chamava, garantiu a liberdade de milhares de negros, mas não providenciava nenhuma assistência socioeconômica a estes novos cidadãos.

Desta forma, os libertos passaram a viver em situação de penúria material, sem acesso à saúde, educação ou terras para cultivo – exatamente o contrário do que líderes republicanos como Nabuco  e José do Patrocínio propunham. A medida também fez com que o Império perdesse considerável apoio por parte dos grandes latifundiários, que passaram a ver o destino do regime com indiferença ou hostilidade. Em 1889, a proclamação da República viria confirmar a fraqueza das instituições monárquicas.



Fonte: Acervo Estadão